Prof Rui
Atividade 03 terceiro bimestre Sociologia
2º Serie A,B e C Ensino médio semana 17 a 21 de agosto
Caros alunos! Como vocês já devem saber, as contribuições de Marx, Weber e Durkheim influenciaram profundamente a consolidação do pensamento sociológico na Europa e no mundo. Por isso, muitos os chamam de “três porquinhos da sociologia”. Um tema sobre o qual os três autores escreveram foi o trabalho e as relações que o envolvem.
Embora Durkheim fosse de origem francesa e Marx e Weber de origem alemã, estes três pensadores foram influenciados pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa, marcos de um novo modo de vida no ocidente. Esta influência irá marcar a escolha do trabalho como objeto científico de seus estudos.
Nesta atividade Marx, Weber e Durkheim abordaram as questões relativas ao trabalho e qual a importância de suas análises para o mundo do trabalho hoje. Vamos lá?
Max Weber e o trabalho como atividade fundamental
O trabalho, na concepção de Durkheim, é um fato social presente em todos os tipos de sociedade. Há sociedades com menor ou maior divisão do trabalho, mas em todas elas são encontradas funções diferenciadas entre os indivíduos, o que os divide em grupos funcionais distintos com condutas sociais também distintas. Para ele, quanto mais especializado é o trabalho, mais laços de dependência se formam. Assim, quanto mais desenvolvida for a divisão do trabalho, maior será a teia de relações de dependência entre os indivíduos (um padeiro depende de um agricultor, que depende de um ferreiro, e assim por diante). Isso levará, por consequência, a uma maior coesão social. Nas sociedades capitalistas, o trabalho é pensado como uma atividade funcional que deve ser exercida por um grupo específico: os trabalhadores. Durkheim entende a divisão social entre trabalhadores e empregadores como uma divisão funcional. Divisão entre aqueles que devem cumprir uma atividade de organização da produção e mando (os empregadores) e os que devem desenvolver uma atividade produtiva (os trabalhadores). Essa divisão, como extensão da divisão do trabalho, promove a coesão social e, por isso, deve ser preservada socialmente. No entanto, nessa divisão há problemas que Durkheim vê como doenças sociais que devem ser corrigidas para que o todo social se desenvolva adequadamente. Se há excessos por parte de capitalistas ou de trabalhadores, deve-se regulamentar suas atividades a fim de alcançar o equilíbrio e garantir a integração social das partes envolvidas. Max Weber parte de uma perspectiva diferente, sendo importante perceber que a divisão social do trabalho não é o seu foco, porque, segundo ele, não há algo geral e comum a todas as sociedades. Cada sociedade obedece a situações históricas exclusivas e o trabalho teria se tornado uma atividade fundamental no capitalismo por condições específicas. Em seu livro "A ética protestante e o espírito do capitalismo" (1905), Weber observa que ocorreu um encontro que deu ao capitalismo sua particularidade: o encontro entre o “espírito” capitalista, de obter sempre mais lucros, e uma ética religiosa cujo fundamento é uma vida regrada, de autocontrole, que tem na poupança uma característica central. Nesse encontro entre a mente capitalista e a ética protestante, o trabalho ocupa lugar central. Para o praticante do protestantismo, o sucesso nos negócios é uma comprovação de ter sido escolhido por Deus. O trabalho árduo e disciplinado e uma vida regrada e sem excessos podem lhe trazer o êxito profissional, sinal de sua fé e salvação espiritual. Weber entende então que o encontro entre uma ética religiosa e um espírito empreendedor possibilitou a formação histórica do capitalismo. Entretanto, a procura da riqueza, segundo ele, não mais estaria sendo guiada por padrões éticos, mas associada tão somente a “paixões puramente mundanas”. Ao longo da História, o encontro formador da sociedade capitalista perdeu seu sentido original e o lucro capitalista passou a dirigir as sociedades contemporâneas. Para Karl Marx, a perspectiva sobre o trabalho é histórica, como em Weber. Entretanto, Marx destaca a diferença entre o trabalho em geral e o trabalho particularizado em suas formas históricas. É nas formas históricas de trabalho que Marx concentra sua análise e, particularmente, no trabalho assalariado. Para Marx, o trabalho assalariado é uma manifestação histórica de como o capitalismo se organizou na sociedade. Com base na exploração do trabalho assalariado, a sociedade capitalista produz e reproduz sua existência. Ou seja, o trabalho assalariado é uma atividade central para a perpetuação das relações sociais entre capitalistas e trabalhadores e, por consequência, da exploração e dominação do trabalhador pelo capitalista. Para Marx, a divisão em classes sociais constituiu-se com base na retirada, pela burguesia nascente no século XVIII, dos meios de produção (terras, ferramentas, animais, etc.) dos pequenos produtores livres. Com isso, formaram-se a burguesia (ou classe capitalista) e o proletariado (ou classe trabalhadora), classes fundamentais do capitalismo. A reprodução dessa divisão social se dá com base na exploração do trabalho assalariado que o trabalhador vende para o capitalista em troca de um salário.
O que é trabalho para Max Weber?
Quais são os principais conceitos de Max Weber sobre o trabalho ?
O que é o trabalho para Marx?
Quais são os principais conceitos de Marx sobre o trabalho ?
Qual o conceito fundamental da obra de Max Weber?
O que é o trabalho para Émile Durkheim?
Quais são os principais conceitos de Émile Durkheim sobre o trabalho?
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