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Sociologia - 1ºs Ensino Médio - Atividade 17/08 a 21/08

Professor Rui

Atividade 03 terceiro bimestre Sociologia

1º Serie A,B e C Ensino médio semana 17 a 21 de agosto



Caros alunos ! Vimos na aula anterior que nos diferencia dos outros animais, sabemos que o homem e um animal cultural, no ponto de vista da antropologia o homem antes da sua evolução cultural também tinha como os outros animais seu instinto que predominava, como era e como ficou o instinto humano ?

Instinto Humano

O homem, em sua evolução, passou por várias etapas. No princípio, quando ainda mantinha um estreito parentesco com os animais, nele predominavam os instintos. Mais tarde, as sensações e emoções se tornaram determinantes. Quando já se encontrava mais avançado em sua caminhada, o ser humano passou a valorizar os sentimentos. Isso não significa, claro, que o indivíduo tenha se despojado de todos os instintos, sensações e emoções, pois eles são extremamente necessários para a manutenção da vida humana. Cada uma destas fases existenciais tem sua função primordial para a sobrevivência da humanidade.

O instinto, do latim instinctu, é algo inato ao ser vivo, um tipo de inteligência no seu grau mais primitivo. Ele guia o homem e os animais que possuem um grau mais elevado em sua trajetória pela vida, nas suas ações, visando justamente a preservação do ser. Os instintos são adquiridos nas experiências vividas, no confronto com determinadas situações e nas respostas a elas, e então herdados pelas gerações posteriores. Eles se manifestam nos homens, na maior parte das vezes, através das reações a certas emoções.

É determinante para a conservação da raça humana a existência do instinto, pois ele nos motiva a agir quando necessário. Mas, certamente, o homem não deve mais, em sua etapa atual, se deixar dominar pelos instintos, do contrário ele se animaliza e pode cometer atos brutais. O instinto pode ser convertido em inteligência quando o indivíduo consegue agir movido pela vontade e pela decisão própria, não mais apenas por impulsos. Quando o sujeito age baseado primordialmente nestes, ele está atuando, segundo Sigmund Freud, no campo do princípio do prazer – aliás, esta concepção freudiana causou uma grande polêmica na época, pois a sociedade vitoriana não podia admitir que parte do seu ser era comandado, nos momentos de gozo e volúpia, por impulsos irresistíveis e repetitivos, independentes de sua vontade, e não por razões mais nobres.

Durante algum tempo, os terapeutas cognitivos colocaram a ideia freudiana do homem subjugado por instintos animais em plano secundário, mas atualmente neurocientistas como Donald W. Pfaff e Jaak Panksepp resgatam esse conceito, e mais, concebem o processo instintivo humano sobre nosso comportamento como algo ainda mais rudimentar do que foi imaginado por Freud. Segundo eles, somos mais parecidos com os primatas do que poderíamos supor. Na parte anatômica e química do que foi designado como ID, nosso cérebro é muito semelhante ao dos mamíferos que abrigamos em nossa morada como animais de estimação.

Há várias espécies de instintos, mas basicamente a psicanálise, fundada por Sigmund Freud, determina dois instintos principais, em luta constante dentro de cada um de nós – Eros, na esfera da vida, e Thanatos, na da morte. Eles governam nossas tendências naturais para a construção e a destruição. É essencial que eles estejam em equilíbrio, para que tenhamos um desenvolvimento mental e emocional saudável.

Costuma-se dizer que os instintos, quando se desviam de sua trajetória considerada normal, é convertido em pulsão – impulso do inconsciente que leva o indivíduo à ação com o objetivo de anular um estado de tensão. Diante de alguém que nos desperta uma atração sexual, a pulsão nos conduz a um ato concreto, caracterizado como objetivo sexual. Biologicamente, o instinto tem por fim a reprodução humana; psicanaliticamente, o foco na manutenção da espécie é substituído pela centralização na questão do prazer e, deste ângulo, os psicanalistas vêem o que se considera perversidade como mera pulsão, pois o que se realiza não é nada além da necessidade de relaxar uma tensão sexual. Assim, desse ponto de vista, essa forma sadia de união sexual não evidencia uma perversidade do instinto. Porém, isto não significa que não existam desvios sexuais, que extrapolam a conduta sexual normal e igualam o homem ao animal, ou melhor, muitas vezes o levam a um patamar inferior ao da maior parte dos seres considerados irracionais.

Como explicar que um bebê poucos minutos após o nascimento saiba exatamente como mamar? Por que quando estamos à mesa muitos de nós ficamos com água na boca diante de um suculento bife mas a poucos apetece uma salada de chuchu? Por que tantos homens fantasiam com belas e jovens mulheres vistas no metrô ou arriscam a felicidade de suas esposas de seus filhos e a sua própria paz de espírito por uma experiência sexual passageira? Pergunte a qualquer mãe a que extremos chegaria para salvar a vida de seus filhos. Essas e uma série de outras perguntas podem nos ajudar a entender como nossas decisões conscientes ou inconscientes são afetadas por um conjunto de heranças que os evolucionistas definem como instinto. Com linguagem fácil e elucidativa evitando o uso exagerado de termos científicos que acaba por afugentar o público não especializado o autor consegue através de uma narrativa prazerosa e repleta de exemplos surpreendentes levar o leitor a reflexões que permitem compreender melhor as inúmeras reações inesperadas que o aparato racional por si só não tem como justificar. O autor nos auxilia a entender porque algumas perguntas a respeito do comportamento humano simplesmente não têm respostas no plano cultural. Que mesmo toda a história das civilizações não é capaz de apagar o fato incontestável de que nós seres humanos agimos em grande medida como animais.

Quais são os instintos do ser humano?

O que é o instinto de sobrevivência?

Como o ser humano age?

O que é o ser humano para a antropologia?

O que é natureza humana na sociologia?

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