Prof. Flávio
Olá pessoas queridas! Espero que estejam todos bem e dentro de casa.
Infelizmente estamos distantes neste momento mas ainda assim é possível ficar um pouco mais próximo relembrando de alguns assuntos de nossas aulas.
Iniciamos o ano letivo falando da importância de se contar histórias para a humanidade.
As civilizações contam histórias desde muito tempo e para isto usaram e ainda usam diversos recursos, dos mais antigos até as mais novas tecnologias.
Das diversas maneiras de se contar histórias, temos uma que é muito especial: o teatro.
Vamos lembrar que combinamos dizer que não é possível afirmar que o teatro nasceu na Grécia Antiga. Mas é deste tempo e deste lugar que temos a herança de uma produção teatral muito importante e que permaneceu até os nossos dias.
Vamos ler um texto para lembrar destas aulas?
A encenação na Grécia antiga.
As tragédias e comédias gregas eram encenações espetaculares, apresentadas para um público de milhares de cidadãos. Constituíam um acontecimento de muitas expressividade, que foi se sofisticando com o passar dos anos.
As encenações ocorriam em grandes teatros ao ar livre, com arquibancadas dispostas em torno de uma área circular de terra batida ou lajes de pedra. Esse espaço, chamado orquestra, era ocupado pelo numeroso Coro. Atrás da orquestra havia a skene, um tipo de tenda feito de madeira e panos que permitia a troca de figurinos e adereços dos atores. Com o desenvolvimento das encenações, a skene tornou-se uma estrutura fixa, maior e mais complexa, que cumpria a função de palco (um lugar mais alto para que os atores interpretassem), além de conter painéis pintados, que serviam como cenário, e portas e alçapões para a entrada e a saída de cena.
As máquinas de cena eram amplamente utilizadas nos espetáculos. Esses mecanismos de cenografia podiam incluir cenários giratórios que permitiam trocar a ambientação da cena rapidamente, plataformas móveis para a entrada das cenas violentas ou máquinas que reproduziam o barulhos dos trovões. Havia também um tipo de grua que servia para suspender os atores, como se eles estivessem voando, nas cenas em que representavam deuses e personagens míticos _ que em geral chegavam subitamente, na última cena, para resolver a peça com seu poder. Esse recurso ficou conhecido, historicamente, como deus ex machina.
As encenações contavam, no máximo, com três atores. Assim, era preciso que cada um deles interpretasse vários papéis no decorrer da encenação, Para tanto, utilizavam-se máscaras, que exibiam as características principais de cada personagem, além de identificar sua classe social. As máscaras tinham abertura que amplificavam as voz. Os atores apresentavam-se com figurinos volumosos, compridos e coloridos _ a cor do figurino também identificava a classe social do personagem. Posteriormente, o elenco passou a utilizar também botas de sola bem alta, chamadas de coturnos.
Contracenando com os atores havia o Coro. Ao se apresentar nos imensos teatros da Grécia antiga, o Coro precisava gesticular de maneira clara e modular a voz em conjunto, para expressar com nitidez suas falas. Os participantes do Coro usavam máscaras, figurinos elaborados, adornos e adereços, respondendo por parte importante da expressividade da encenação. Além disso, era o Coro que marcava o início da peça, com uma entrada ritual e festiva, e também o fim da encenação, com sua saída triunfal.
Os membros do Coro atuavam sempre em conjunto, executando os mesmos movimentos e gestos. Na época dos ditirambos e nas primeiras peças gregas, o Coro era bem numeroso. Nas tragédias, compunha-se de pouco mais de dez integrantes, e nas comédias chegava a incluir mais de vinte pessoas. Também era possível ver os instrumentistas em cena. A música, a dança e o canto tinham grande importância nas apresentações.
Tanto nas tragédias quanto nas comédias, o Coro cumpre papel importante na dramaturgia, exercendo diversas funções. O Coro é personagem da trama e por vezes toma parte ativa na ação, mas acima de tudo, pondera e comenta as escolhas dos heróis. Essa é a sua principal função no teatro grego: prezar pelo equilíbrio das emoções e pela moderação dos discursos, como um espectador ideal ou a voz da opinião pública.
Por sua característica coletiva, sua capacidade de representar um grupo social, o Coro foi amplamente usado nas formas contestadoras e críticas do teatro do século XX.
Representação
A palavra “teatro” vem do termo grego théatron, que significa lugar de onde se vê. Encenadas ao ar livre, as tragédias e comédias precisavam ser vistas e ouvidas por todo imenso público que ocupava as arquibancadas. Assim, ao projetar estes espaços, os arquitetos tinham como preocupação central garantir aos espectadores as melhores condições possíveis de visibilidade e acústica.
Ruínas do teatro de Epidauro, construído na primeira metade do século IV a.C. Peloponeso, Grécia.
Bibliografia
Percursos da arte
Béa Meira, págs. 92 e 93.
Questões sobre o texto
01 - Você consegue imaginar a encenação de uma tragédia ou comédia na imagem acima? Na sua opinião, qual era a importância destas apresentações para as pessoas daquele tempo?
02 – As ruínas dos teatros gregos permitem imaginar um pouco da vida daquele tempo. Na região onde você mora é possível encontrar vestígios do passado?
03 - Quais recursos tecnológicos eram utilizados nas apresentações no teatro da Grécia antiga?
04 - Por que a herança do teatro grego é tão importante?
05 – Qual era a função do coro nas peças da Grécia antiga?
Vocês podem inclusive mandar as respostas para que eu faça a correção.
Em caso de dúvidas, mandem e-mail para fliviobr@gmail.com .
ditirambo
substantivo masculino
1. 1.
MÚSICA•TEATRO
primitivamente, canto de louvor ao deus grego Dioniso (o Baco dos romanos) [Mais tarde foi acrescido de dança e música de flauta; no sVII a.C., com a introdução do coro de 50 elementos e um solista (corifeu), que com ele dialogava, gerou os primeiros elementos da tragédia (e do drama em geral); a partir do séc. V a.C., focalizava não só Dioniso, mas tb. outros deuses e mitos e, por fim, temas profanos.].
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